O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae), Wagner Victer, ingressou hoje na Justiça com ação indenizatória contra a mineradora Rio Pomba Cataguases e estimou em R$ 1 milhão os danos provocados no Estado pelo vazamento de 2 bilhões de litros de resíduos no Rio Muriaé, após o rompimento de barragem em Miraí (MG). Ele voltou a defender a prisão dos donos da empresa, como já fizera na quarta-feira da semana passada, dia do acidente

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A Cedae descartou a possibilidade de corte do abastecimento em mais quatro municípios do Rio por causa do vazamento. Até o fim da tarde de ontem havia a previsão de retomada do fornecimento de água no município de Laje do Muriaé, no noroeste do Estado, o primeiro a ser atingido. A cidade tem 8,5 mil habitantes e está sem abastecimento de água desde a noite de quinta-feira.

"Estamos saindo da crise. Se não chover muito, o sistema volta hoje à noite em Laje. Os outros municípios (Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira e Campos) estão fora de perigo. Quero voltar para casa, acho que amanhã vai dar. Na quinta eu volto aqui só para bater palmas e encerrar esse assunto", declarou o diretor de Interior da Cedae, Heleno Silva, que mora em Niterói.

Campos, no norte do Estado, foi a quinta cidade atingida, com a chegada da lama ao rio Paraíba do Sul, ontem pela manhã, já muito diluída. A captação ocorreu sem problemas na cidade. Em Laje de Muriaé, o nível de turbidez do rio, que já chegou a 5 mil unidades, ontem à tarde estava em mil unidades. De acordo com a Cedae, é o limite para captação. O acidente deixou 3.344 desalojados e 389 desabrigados no município.

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