O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, garantiu nesta sexta-feira (08) que seu governo, liderado pelo Hamas, nunca reconhecerá Israel e continuará lutando pela libertação de Jerusalém. "A arrogância mundial (os EUA) e os sionistas (…) querem que reconheçamos a usurpação dos territórios palestinos e paremos a jihad (guerra santa) e a resistência e aceitemos os acordos alcançados com os inimigos sionistas no passado", disse Haniyeh a milhares de pessoas que participavam das orações muçulmanas de sexta-feira na Universidade de Teerã.

continua após a publicidade

Os Estados Unidos pressionam o grupo palestino Hamas a reconhecer Israel, abandonar as armas e formar um governo de unidade nacional com o moderado partido Fatah como condição para reviver o processo de paz com o Estado judeu. "Insisto a partir dessa tribuna que essas questões não serão materializadas. Nunca reconheceremos o usurpador governo sionista e vamos continuar com a jihad até a libertação de Jerusalém", frisou.

Haniyeh desembarcou na capital iraniana ontem para uma visita de quatro dias, sua primeira viagem ao exterior desde que o governo dominado pelo Hamas assumiu o poder em março. O premiê deve se reunir com o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e com o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que tem defendido que Israel tem de ser "riscado do mapa" do Oriente Médio.

Haniyeh disse que o Irã, antigo aliado do Hamas, é um parceiro estratégico dos palestinos na luta contra Israel. "Eles (os israelenses) assumem que a nação palestina está sozinha (…) Temos um centro estratégico na República Islâmica do Irã (…) um centro poderoso, dinâmico e estável". O Irã já doou este ano US$ 120 milhões para o governo do Hamas, apesar de um boicote internacional liderado pelos EUA contra o governo palestino.

continua após a publicidade