No começo da próxima semana equipes que trabalham na Bacia do Atuba vão remover, com uma escavadeira hidráulica, a terra e o material acumulado no rio Bacacheri, próximo à rua João Gbur. A roçada da margem do rio Bacacheri começou há duas semanas e abrange desde a foz do Córrego Vicente Ciccarino, paralelo à rua que tem o mesmo nome, até o trecho que passa entre os Condomínios Cassiopéia e Kripton.
Roçada, limpeza dos rios e remoção do lixo e do material assoreado são algumas das ações da Prefeitura voltadas à prevenção de enchentes nas quatro bacias de Curitiba. O trabalho preventivo nunca termina, mas os primeiros meses do ano são os que mais preocupam os técnicos do Departamento de Saneamento da Secretaria Municipal de Obras.
Com a roçada feita junto aos rios são retirados não apenas o capim, mas também arbustos com troncos que podem crescer e se tornar obstáculos à passagem da água. O desenvolvimento dos arbustos pode levar à retenção de materiais que reduzem a velocidade da água. A roçada também garante segurança à população porque dá visibilidade à margem do rio e dificulta a sua utilização como esconderijo.
Fundamental
"A manutenção que a Prefeitura está fazendo é fundamental", afirma Orlando Toniasso, síndico do Condomínio Cassiopéia, localizado na rua Alberto Poster, no bairro Boa Vista. A foz do córrego Vicente Ciccarino, que é ponto de encontro com o rio Bacacheri, passou por obras de adequação da macrodrenagem em 2001, quando o prefeito Beto Richa era secretário de obras.
A Prefeitura também implantou muros de contenção ao longo do rio Bacacheri, dos dois lados dos condomínios. "Foi uma medida simples do prefeito, quando era secretário, que viabilizou a obra e resolveu o problema da gente", avalia o síndico do condomínio que tem 11 prédios e 464 apartamentos.
Ele afirma que além das mudanças promovidas pela Prefeitura, a população também mudou. "O povo se conscientizou mais. Muitas pessoas jogavam entulho dentro do rio. É evidente que, com a enchente, se tiver lixo tranca tudo, e alaga", diz ele.
Toniasso acredita que o rio poderá voltar a ter vida se for mantido limpo. "Os moradores mais antigos contam que aqui tinha até peixe. Acho que com a ajuda da Prefeitura e dos moradores, que devem fazer a sua parte, a gente pode revigorar o rio", afirma, confiante.