Cerca de seis toneladas de lixo foram retiradas das margens dos rios da cidade em janeiro. Ao longo do mês, as equipes da Prefeitura roçaram áreas que somam 11.300 metros quadrados e limparam 3.400 metros de rios.
No começo da próxima semana equipes que trabalham na Bacia do Atuba vão remover, com uma escavadeira hidráulica, a terra e o material acumulado no rio Bacacheri, próximo à rua João Gbur. A roçada da margem do rio Bacacheri começou há duas semanas e abrange desde a foz do Córrego Vicente Ciccarino, paralelo à rua que tem o mesmo nome, até o trecho que passa entre os Condomínios Cassiopéia e Kripton.
Roçada, limpeza dos rios e remoção do lixo e do material assoreado são algumas das ações da Prefeitura voltadas à prevenção de enchentes nas quatro bacias de Curitiba. O trabalho preventivo nunca termina, mas os primeiros meses do ano são os que mais preocupam os técnicos do Departamento de Saneamento da Secretaria Municipal de Obras.
Com a roçada feita junto aos rios são retirados não apenas o capim, mas também arbustos com troncos que podem crescer e se tornar obstáculos à passagem da água. O desenvolvimento dos arbustos pode levar à retenção de materiais que reduzem a velocidade da água. A roçada também garante segurança à população porque dá visibilidade à margem do rio e dificulta a sua utilização como esconderijo.
Fundamental
"A manutenção que a Prefeitura está fazendo é fundamental", afirma Orlando Toniasso, síndico do Condomínio Cassiopéia, localizado na rua Alberto Poster, no bairro Boa Vista. A foz do córrego Vicente Ciccarino, que é ponto de encontro com o rio Bacacheri, passou por obras de adequação da macrodrenagem em 2001, quando o prefeito Beto Richa era secretário de obras.
A Prefeitura também implantou muros de contenção ao longo do rio Bacacheri, dos dois lados dos condomínios. "Foi uma medida simples do prefeito, quando era secretário, que viabilizou a obra e resolveu o problema da gente", avalia o síndico do condomínio que tem 11 prédios e 464 apartamentos.
Ele afirma que além das mudanças promovidas pela Prefeitura, a população também mudou. "O povo se conscientizou mais. Muitas pessoas jogavam entulho dentro do rio. É evidente que, com a enchente, se tiver lixo tranca tudo, e alaga", diz ele.
Toniasso acredita que o rio poderá voltar a ter vida se for mantido limpo. "Os moradores mais antigos contam que aqui tinha até peixe. Acho que com a ajuda da Prefeitura e dos moradores, que devem fazer a sua parte, a gente pode revigorar o rio", afirma, confiante.