O programa de combate à dengue da Secretaria Municipal da Saúde estará realizando, a partir desta segunda-feira (14), até o próximo dia 24, um levantamento rápido do índice de infestação do mosquito transmissor da doença (Aedes aegpty) em Curitiba. A pesquisa faz parte das inspeções de rotina do Ministério da Saúde, que faz o mesmo tipo de procedimento em 64 municípios do país.
Os agentes de saúde do programa da dengue vão percorrer no período do levantamento 25 mil imóveis na capital – 5% do total -, pelo método da amostragem: a cada quadra, cinco imóveis serão vistoriados. No caso dos prédios, residenciais ou comerciais, as equipes vão vistoriar somente a parte térrea e os primeiros andares. É a terceira vez que Curitiba realiza o levantamento rápido de infestação pelo Aedes aegpty.
"A pesquisa não indica qualquer situação de maior risco na cidade", explica o secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto. "A pesquisa vai ajudar a definir novas ações de preventivas, porque, mesmo sem a doença no município, não podemos baixar a guarda", afirma. Curitiba desenvolve ações de combate ao vetor da dengue desde 1998, em caráter permanente, por meio de ações educativas e vistorias em imóveis residenciais e comerciais.
Cooperação
Michele Caputo destaca que o sucesso da pesquisa rápida de infestação depende da cooperação da população, que deve permitir o acesso dos agentes de saúde em sua casa ou estabelecimento comercial, para a devida inspeção técnica.
O trabalho dos agentes é vistoriar o imóvel e ensinar os moradores a combater o mosquito. "Os agentes de saúde se apresentam devidamente identificados", explica o secretário.
Os agentes do programa da dengue que visitam residências e outros imóveis são obrigados a usar crachá de identificação, com foto, nome completo, número da carteira de identidade e telefone para contato. Os agentes de saúde usam calça, jaqueta e boné azul, camiseta branca com a identificação da Prefeitura de Curitiba e da empresa SAU – Saneamento Ambiental Urbano, responsável pela contratação dos profissionais.
Números
Este ano, foram registrados seis focos do mosquito da dengue em Curitiba. Em 2003, foram 44 focos. Há sete casos de dengue confirmados na capital, todos importados, ou seja, as pessoas contraíram a doença fora do município – dois no Pará, um no Mato Grosso do Sul, um em Roraima, um no Rio de Janeiro e dois em Minas Gerais.
O combate à dengue na capital é feito o ano todo, durante todas as estações. São 161 técnicos em campo. O trabalho é priorizado em áreas de maior risco, onde a inspeção e aplicação de larvicida são feitas a cada dois meses. Nos demais bairros, a inspeção é feita de quatro em quatro meses, por amostragem – a cada 10 imóveis, um é escolhido para ser vistoriado.
Durante as vistorias, os agentes de saúde orientam a população sobre a importância de verificar sempre caixas d?água, calhas, pratos de vasos de plantas, ralos, aquários, latas, garrafas, pneus e outros locais onde o mosquito pode se proliferar. Quem quiser tirar dúvidas ou obter maiores informações sobre a visita dos agentes do programa da dengue pode ligar para o número: (41) 3014-8560.
