Prefeitura alerta para consumo de água não-tratada

O racionamento de água, que começou nesta sexta-feira (4) por causa da estiagem prolongada, não deve servir de pretexto para as pessoas consumirem água não-tratada. O alerta é do vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci, que acompanha os relatórios produzidos pela Coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde sobre as fontes de água existentes em Curitiba. Das cerca de 40, quinze estão secas e apenas três continuam próprias para consumo.

Mesmo que a água da fonte seja potável, sua qualidade pode ser comprometida. Gastroenterites e hepatite A estão entre as doenças mais comuns transmissíveis pela água contaminada. "É por isso que os exames feitos num mesmo local podem acusar resultados diferentes cada vez que uma nova amostra é examinada e precisam ser repetidos constantemente", explica Ducci.

"O mais seguro e que todos devem fazer é poupar água o máximo possível e evitar o consumo da que não seja-tratada. Numa situação hipotética e extrema, quando isso não for possível, é indispensável fazer a desinfecção da água em casa", aconselha Ducci.

O processo de desinfecção caseira, válido também para água de poço, é simples. "Basta ferver a água por 10 minutos a partir do início da ebulição. Outra alternativa é misturar duas gotas de água sanitária a 2,5% para cada litro de água e deixar descansando por 30 minutos", ensina a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, a enfermeira Lúcia Isabel de Araújo.

Depois de ferver a água é aconselhável agitá-la antes de beber, para repor o oxigênio consumido no processo de fervura e que dá um sabor característico à água fervida. "Acima de tudo isso, cabe ressaltar que a melhor água é a que chega nas torneiras das nossas casas, pois passou por um longo e eficiente processo de tratamento", enfatiza Lúcia.

Para alertar a população, a Prefeitura instalou placas em todos os pontos em que a água é imprópria. Infelizmente, na maioria dos casos as placas foram roubadas ou danificadas várias vezes, dificultando a informação do público e obrigando a administração municipal a repetir despesas com a sinalização.

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