A área do Bairro Novo, no Sítio Cercado, começa a ganhar novos contornos com a construção de mais 14 empreendimentos no local. São condomínios, com um total de 720 unidades, que vão consolidar uma das diretrizes previstas quando o loteamento começou a ser planejado, na década de 90. Trata-se da ocupação diversificada, com apartamentos e casas dividindo o espaço.
O Bairro Novo abriga perto de 11 mil famílias e hoje é quase uma cidade dentro de Curitiba, com uma população estimada em 40 mil pessoas. Localizado numa área de 4,2 milhões de metros quadrados (equivalente à extensão de um bairro como o Água Verde), o loteamento começou a ser ocupado em 1992 e, desde o início, estabelecia a reserva de terrenos para a construção futura de blocos de apartamentos.
Financiamento
A aplicação desta diretriz, no entanto, demorou para se concretizar porque a época de criação do Bairro Novo coincidiu com um período em que os financiamentos para construção foram suspensos. Só mais tarde, a partir de 2001, com a instituição do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) foi possível dar início à ocupação diversificada, com a construção de oito condomínios, com 456 unidades, entregues a famílias inscritas na fila da Cohab.
Este ano, o processo ganhou impulso ainda maior, com o início de novas obras de prédios de apartamentos com até quatro pavimentos no Bairro Novo. A contratação, no mês passado, de mais 14 empreendimentos vai significar a oferta de 720 unidades, com dois quartos e área média de 50 metros quadrados cada uma. Elas ficam prontas até meados do próximo ano. Os recursos que financiam os projetos, R$ 22,5 milhões, vêm também do PAR e serão liberados pela Caixa Econômica Federal.
As obras em andamento dão um novo contorno ao Bairro Novo, trazem mais progresso para a região e contribuem para valorizar os imóveis da vizinhança, afirma o presidente da Cohab, pastor Valdemir Soares. Este processo poderá ter continuidade este ano, com a licitação de áreas para a construção de mais 800 apartamentos, com financiamento do PAR e do programa Imóvel na Planta, ambos da Caixa Econômica Federal.
As obras têm outro aspecto positivo. Trata-se do efeito econômico gerado pela instalação dos canteiros, com a criação de empregos que, muitas vezes, beneficiam trabalhadores das próprias imediações. De acordo com avaliação de especialistas em construção civil, cada unidade produzida poderá ocupar 1,5 trabalhador, o que significa que os 720 apartamentos representam emprego para 1.080 pessoas, ao longo do período de construção (cerca de 12 meses).
