Preços de gasolina e gás de cozinha não devem subir em 2006

  Arquivo / O Estado
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Mesmo não havendo reajuste para a gasolina e gás, a expectativa é de alta no preço do álcool combustível em janeiro.

Brasília ? O Comitê de Política Monetária (Copom) prevê que em 2006 não haverá aumento nos preços da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), gás de botijão utilizado nas cozinhas domésticas. "As projeções de reajuste nos preços da gasolina e do gás de bujão no acumulado de 2006 permaneceram em 0%", diz a ata da última reunião do comitê, realizada nos dias 17 e 18 de janeiro, divulgada hoje pelo Banco Central.

O texto ressalta, no entanto, que o preço do barril de petróleo no mercado internacional continua sendo um fator de risco ao comportamento futuro da inflação. De acordo com o Copom, isso acontece porque as variações internacionais do produto se transmitem à economia doméstica por seus efeitos sobre os preços de insumos derivados do petróleo, além de afetar as expectativas dos agentes econômicos.

Embora a expectativa seja de que não vai haver reajuste para a gasolina e gás, o documento aponta alta no preço do álcool combustível em janeiro, provocada pela entressafra da cana-de-açúcar. O aumento seria um dos responsáveis pelo crescimento da estimativa de inflação para o primeiro bimestre do ano.

O Copom estima, ainda, que a tarifa de telefonia fixa deve ter um reajuste de 2,5% este ano, enquanto a de energia elétrica deve subir 4,2%. O conjunto de itens administrados por contratos e monitorados deve subir 4,6%. São itens administrados, por exemplo, a energia elétrica, o transporte urbano e telefone.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o peso desses itens representa 33,33% do total do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), adotado pelo governo como referência para as metas de inflação. O IPCA reflete o custo de vida para as famílias que ganham até 40 salários mínimos.

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