Preços de combustíveis voltam a subir

Os preços da gasolina e do álcool voltaram a subir na semana passada, de acordo com a pesquisa semanal de preços dos combustíveis da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O álcool hidratado apresentou a maior alta, de 4,96%, em média, no País. A gasolina subiu cerca de R$ 0,02 por litro, ou 0,7%. Os preços dos dois combustíveis e do diesel haviam caído na semana anterior, interrompendo uma seqüência de altas iniciada com os reajustes promovidos pela Petrobrás no dia 15 de outubro. Segundo a pesquisa da ANP, o preço médio do álcool hidratado no País ficou em R$ 1,396 por litro na semana passada. Em São Paulo, a alta foi de 4,6%, com o preço médio passando de R$ 1,195 para R$ 1,251 por litro.

O combustível continua pressionado pela alta das cotações provocada pelo fim da safra de cana-de-açúcar. Os usineiros, porém, vêm sendo beneficiados pela alta da gasolina, que garante a manutenção de uma diferença de preços competitiva entre os dois produtos. Hoje, o álcool custa 64% do preço da gasolina – o limite para que o combustível continue apresentando vantagens aos consumidores é de 70%.

A disparada do álcool também têm reflexos no preço da gasolina, que recebe 25% de anidro antes de ser vendida nos postos. Depois de cair, há duas semanas, o preço da gasolina voltou a subir nos postos. Em São Paulo, a alta foi de 0,7%, em linha com a média nacional. O preço médio da gasolina no Estado ficou em R$ 2,080 por litro, de acordo com a ANP.

Na opinião do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouvêa, entretanto, a redução dos preços registrada na semana passada deveu-se apenas à metodologia de coleta de dados da agência, e não a uma efetiva remarcação de preços nos postos.

O levantamento da ANP, feito em 555 cidades brasileiras, detectou estabilidade no preço do diesel, que passou de R$ 1,552 para R$ 1,553 por litro na semana passada.

Gasolina e diesel apresentaram seus maiores preços depois do reajuste há três semanas, quando atingiram R$ 2,194 e R$ 1,561 por litro, respectivamente. Com a queda na semana seguinte, os dois produtos ficaram dentro das estimativas feitas pela Petrobrás quando promoveu os reajustes, de alta de 1,6% para o primeiro e 3,8% para o segundo. A Petrobrás aumentou em 4% o preço da gasolina e em 6% o diesel.

O mercado financeiro espera ainda um novo reajuste este ano, para que a Petrobrás elimine de vez a defasagem com relação às cotações internacionais. Ao divulgar o resultado do terceiro trimestre na sexta-feira, porém, o diretor financeiro da estatal Sérgio Gabrielli, disse que a estratégia da estatal é não repassar para o consumidor as volatilidades do mercado internacional.

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