A queda nos preços dos combustíveis e dos alimentos fez a inflação de novembro, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), cair para 0,17%. O resultado foi bem inferior ao de outubro, quando o IPCA-15 ficou em 0,66%, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os preços administrados, como as tarifas de água e esgoto, que se mantiveram estáveis em novembro, ante um reajuste de 3,24% em outubro, de táxi, que passaram de 5,44% em outubro para 0,53% em novembro, e do telefone fixo, de 1,84% no mês passado para 0,21% neste mês, tiveram pouca influência no índice, segundo o IBGE.

Ainda de acordo com o Instituto, os preços do álcool combustível caíram significativamente na passagem do mês (de -0,18% para -5,19%). Também houve redução nos preços do gás de cozinha (de 0,06% para -0,96%) e da gasolina (de 0,69% para -0,87%).

Os preços dos alimentos avançaram 0,31%, abaixo, porém, da alta de 0,87% em outubro, refletindo, segundo o IBGE, o menor impacto das carnes, cuja alta desacelerou de 3,66% em outubro para 1,32% em novembro. O frango ainda manteve alta expressiva, de 7,98%, apesar de ter desacelerado em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 8,58%.

De janeiro a novembro, o IPCA-15 acumulado é de 9,36% e nos últimos 12 meses de 12,69%. O índice é uma leitura prévia do IPCA, que serve de referência para o sistema de metas de inflação, e segue a mesma metodologia. A diferença é que o IPCA é coletado ao longo do mês e o IPCA-15 ao longo de 15 dias.

A inflação mais alta foi registrada em Goiânia (0,82%) e a menor em São Paulo (-0,08%). Em Brasília o IPCA-15 foi de 0,21% e no Rio de Janeiro, de 0,48%.
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