O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) registrou deflação de 0,42% na semana encerrada em 22 de junho, ante queda de 0,37% apurada no IPC-S anterior, de até 15 de junho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa anunciada hoje ficou no piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro, ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre -0 42% a -0,10%, e abaixo da mediana das expectativas (-0,35%)
De acordo com a FGV, o resultado de hoje "é a segunda menor variação registrada pelo IPC-S em sua série histórica iniciada em janeiro de 2003. O valor mínimo continua a ser de -0,44%, referente à quarta semana de agosto de 2005"
Segundo a instituição, a queda mais forte de preços no grupo Alimentação (de -1,64% para -1,76%) respondeu por 80% da redução do IPC-S. Dos sete grupos usados para cálculo do indicador, seis registraram desaceleração ou deflação mais intensa de preços, na passagem do IPC-S de até 15 de junho para o indicador de até 22 de junho. Além de Alimentação, é o caso de Vestuário (de 0,33% para 0,13%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,61% para 0,60%); Educação, Leitura e Recreação (de -0,13% para -0,22%); Transportes (de -0,59% para -0,61%) e Despesas Diversas (de variação zero para -0,10%)
O único grupo a registrar aceleração de preços no período foi o de Habitação (de 0,22% para 0,24%). Por produtos, as altas de preço mais expressivas no IPC-S de até 22 de junho foram registradas em plano e seguro saúde (1,54%); empregada doméstica mensalista (3,24%); e gás de botijão (1,99%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em tomate (-16,02%); batata-inglesa (-11,60%); e mamão da amazônia – papaia (-20,66%)