O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) subiu 2,01% em agosto, variação 3,65 pontos percentuais acima da verificada em julho. “Os preços agrícolas voltaram a crescer devido ao efeito do inverno em várias culturas, às menores quedas dos preços nos mercados internacionais e ao crescimento das exportações”, diz o pesquisador Nelson Batista Martin, diretor do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o IPR teve uma alta de 2,15% e ficou 7,34% abaixo da variação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) do período (9,49%) e 2,25 pontos percentuais abaixo do 4,41% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 4,41%. Em 12 meses, o IPR subiu 5,19% e ficou 7,25 pontos percentuais inferior ao IGP-M (12,44%) e 1,49% menor do que o IPC-Fipe (6,68% ).
Segundo Martin, 12 produtos apresentaram crescimento no preço no ano, com destaque para banana, batata, cebola, tomate e suínos, que tiveram aumento acumulado superior a 20%. “Já café, cana-de-açúcar, aves, boi, leite e ovos registraram aumentos inferiores a 20%, enquanto oito produtos tiveram reduções no preço, dos quais cinco com mais de 20% (algodão, amendoim, arroz feijão e laranja)”. Ele observa que neste ano e em agosto, a batata foi um dos destaques entre os produtos analisados. Apresentou um dos maiores aumentos de preço no ano (193,79%) devido à menor área plantada na safra da seca e a perdas por excesso de chuva.
Nos últimos 12 meses, a cebola e a batata foram os destaques entre os produtos analisados, com expressiva alta nas suas cotações (+180%), em função de menor oferta por problemas climáticos e de atraso no plantio e na colheita no ano de 2004. No caso da cebola, a menor oferta elevou fortemente os preços no ano e nos últimos 12 meses (360,61%), explica Martin.
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