Um dos maiores destaques do novo leilão são as áreas que foram devolvidas pela Petrobras e já têm informações geológicas mais detalhadas. “São áreas de grande interesse comercial e que devem atrair um maior número de investidores do que no ano passado”, disse o diretor-geral da ANP, acrescentando que o adiamento para 2020 do prazo final do Repetro, programa de incentivos fiscais para o setor anunciado pelo governo federal, foi um forte sinalizador de que o País quer atrair investidores.
Para a gigante americana Chevron Texaco, porém, a possibilidade de atrair um maior número de investidores para o leilão está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF). O diretor jurídico da companhia, Silvio Rodrigues, disse que o STF deve votar, no fim do recesso, uma ação de inconstitucionalidade (Adin) movida pela Procuradoria-Geral da União (PGU) contra uma lei estadual do Rio de Janeiro que tributa petróleo na sua base de produção no Estado. Chamada de Lei Noel, a tributação já foi sancionada pela governadora Rosinha Matheus (PMDB), mas não tem data para entrar em vigor.
“Não há condição para o investidor assinar um contrato de milhões de dólares sabendo que a qualquer momento pode ter um novo imposto a pagar”, disse Rodrigues, que também é diretor do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP). Segundo ele, o STF também deverá votar o mérito dessa lei, que está sendo questionada na Justiça por ações de empresas petrolíferas quanto à sua constitucionalidade.
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