Preço do petróleo encerra na máxima em três semanas

Os contratos futuros de petróleo subiram mais de 5% e atingiram as máximas em três semanas em Londres e Nova York, impulsionados pelas temperaturas mais frias nos EUA e pela sombra dos cortes na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), segundo operadores e analistas.

O movimento de alta foi desencadeado por reportagem do Wall Street Journal informando que a Arábia Saudita, maior exportadora mundial de petróleo, planeja reduzir a produção em 158 mil barris por dia a partir de 1º de fevereiro, em linha com o corte acertada pela Opep. O jornal cita como fonte uma autoridade saudita sênior. Embora tal corte fosse esperado, os operadores deram atenção à notícia porque ela surgiu um dia depois do embaixador saudita nos EUA ter comentado que os preços atuais do petróleo eram aceitáveis, o que gerou dúvidas sobre reduções adicionais na oferta e levou à queda das cotações na segunda-feira.

As previsões de temperaturas mais frias atingiram os preços de duas formas. Elas ajudaram a dar impulso de alta de mais de 11% nos futuros de gás natural, o que contribuiu para sustentar os preços do petróleo, e também atraiu o foco dos operadores sobre o relatório dos níveis dos estoques comerciais norte-americanos, a ser divulgado amanhã, que deverá mostrar uma queda nos estoques de óleo para aquecimento. "Amanhã teremos a primeira indicação da quantidade de estoques de destilados (que inclui diesel e óleo para aquecimento) que foi queimada com as temperaturas mais frias", disse o analista Mike Fitzpatrick, da corretora Fimat em Nova York.

No pregão viva-voz da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de petróleo para março subiram US$ 2,96, ou 5,48%, e fecharam a US$ 56,97 por barril. A mínima foi de US$ 54,45 e a máxima de US$ 57,04. Os contratos de gás natural para março subiram 11,58% e fecharam a US$ 7,740 por milhão de unidades térmicas britânicas (Btu).

Em Londres, na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para março subiram US$ 2,71, ou 5,05%, e fecharam a US$ 56,39 por barril. A mínima foi de US$ 53,67 e a máxima de US$ 56,48. As informações são da Dow Jones.

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