A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) confirmou nesta quinta-feira (12) que o combustível produzido no território nacional terá um reajuste de 20% a partir de maio, passando de US$ 4,30 para US$ 5,30 por milhão de BTU (unidade britânica que mede o poder calorífico do gás natural).
Segundo a Abegás, o gás nacional não era reajustado desde agosto de 2005 e estava defasado em relação ao preço do gás importado da Bolívia, que é corrigido trimestralmente. Com o reajuste, 12 distribuidoras nacionais devem repassar alta para seus preços. O porcentual, entretanto, deverá ser diferenciado, devido ao custo do transporte entre os Estados e o ponto de processamento do gás.
Ainda segundo a Abegás, o reajuste será minimizado em Estados como São Paulo, que consomem uma parcela maior de gás importado do que nacional. Essa semana, a Petrobras também informou que reduzirá o preço do gás importado em 4,5% dentro do seu reajuste trimestral, o que deve contribuir ainda mais para diminuir o impacto da alta da correção dos preços do combustível nacional.
O reajuste valerá para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, parte de Minas Gerais e de São Paulo.
A correção também será diferenciada para cada tipo de finalidade do combustível. No caso do gás veicular, o reajuste deve ser em média de 16%. O gás residencial deverá ficar 3% mais caro nos cálculos da entidade. Já o gás comercial terá um reajuste de 3 5%, enquanto o preço do produto para as indústrias deve aumentar em 12,5%.