O preço do gás que a Bolívia fornece ao Brasil vai subir 11%, afirmou o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva em Amsterdã. Segundo ele, o aumento faz parte de um ajuste normal do contrato atual com a empresa e não reflete ainda a exigência da Bolívia de uma elevação mais acentuada do preço da commodity
A estatal brasileira de petróleo paga hoje US$ 3,50 por milhão de BTU (unidade térmica britânica para medir o potencial calorífico) pelo gás daquele país, segundo Gabrielli. A companhia tem um contrato com a Bolívia para comprar até 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia, que é válido até 2019. O preço do gás no contrato é ajustado trimestralmente de acordo com uma cesta de óleos combustíveis. O próximo aumento ocorrerá em julho.
O governo boliviano exige um aumento muito maior do preço do que o previsto no contrato, para colocá-lo em linha com as cotações nos mercados internacionais, como a da Nymex, onde os contratos futuros do combustível estão acima dos US$ 7 por milhão de BTU.
A Bolívia fornece atualmente 26 milhões de metros cúbicos de gás por dia para o Brasil.