Preço de alimentos cai e IPC-S baixa para 0,16%

Rio – Com os preços dos alimentos em queda no varejo (-0,23%), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu apenas 0,16% no período encerrado em 15 de fevereiro, quase três vezes abaixo da elevação registrada na semana anterior (0,45%). Na avaliação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o indicador hoje (16), o cenário da inflação no varejo é favorável e as próximas apurações do índice devem continuar a registrar taxas reduzidas ao longo do mês.

Ao comentar sobre o comportamento dos preços ao consumidor, o economista da FGV, André Braz, ressaltou que o setor de alimentação foi determinante para a taxa menor. De acordo com ele, houve quedas e desacelerações "generalizadas" nos preços dos alimentos. "Dos 21 itens alimentícios, 16 registraram redução em suas taxas de variação", disse Braz. Entre os destaques, estão as quedas de preços em hortaliças e legumes (de -2,27% para -3,80%); pescados frescos (de 1,24% para -0,23%) e aves e ovos (de -3,35% para -3,57%) e a desaceleração nos preços de frutas (de 4,18% para 2,18%).

A inflação ao consumidor também foi beneficiada pela desaceleração nos preços dos combustíveis. Segundo o Braz, o preço do álcool passou de elevação de 9,06% para aumento de 6 05%, na passagem do IPC-S de até 7 de fevereiro para o indicador de até 15 de fevereiro. "Com essa desaceleração, ficou claro que se iniciou uma tendência de redução no preço do álcool para o consumidor", disse o economista, lembrando que o preço do produto registrou acelerações sucessivas, desde o início de dezembro, em razão de problemas de demanda maior do que oferta no setor sucroalcooleiro. Para ele, as conversações entre usineiros e governo para debater o tema, em meados de janeiro, podem ter contribuído para que o preço do álcool subisse menos.

O economista esclareceu que, com o preço do álcool subindo menos, o impacto no preço da gasolina é quase imediato: o preço do produto passou de elevação de 1,59% para alta de 1 03%, no IPC-S de até 7 de fevereiro para o indicador de até 15 de fevereiro. A gasolina leva 25% de álcool em sua formação. "Não podemos nos esquecer de que a gasolina pesa quase dez vezes mais do que o álcool na da inflação do varejo", disse o economista.

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