Depois de quatro meses em queda, o custo da cesta básica no país voltou a registrar alta. Em outubro, os preços do conjunto de alimentos de primeira necessidade aumentaram em 12 das 16 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

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Curitiba e Brasília lideraram a alta, com aumentos de 4,13% e 3,80%, respectivamente. No entanto, a cesta básica de mais cara ainda é vendida em São Paulo e teve alta de 1,41% em outubro, chegando ao valor de R$ 174,77. Das quatro capitais que apresentaram queda no preço da cesta básica no período, as maiores baixas ocorreram em Porto Alegre (-3.03%) e Salvador (-2,97%). A capital baiana também registrou a cesta mais barata, R$ 124,39.

De acordo com o Dieese, o aumento se deveu principalmente à alta em três itens: carnes, tomate e açúcar. Devido aos focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, o preço da carne bovina, produto de maior peso na cesta básica, subiu em 14 capitais do país, atingindo 8,48% em Belo Horizonte. Os produtos que registraram quedas significativas de preços na maioria das capitais foram óleo de soja, arroz e feijão.

Com base no custo da cesta básica apurado em outubro na capital paulista, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família deveria ser de R$ 1.468,24. Esse valor era de R$ 1.458,42 em setembro.

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As horas de trabalho necessárias para adquirir a cesta básica no país também aumentaram em outubro. Em média, os trabalhadores que recebem um salário mínimo de R$ 300 dedicam 109 horas e três minutos para comprar os alimentos essenciais, quase uma hora a mais do que precisavam em setembro. De acordo com o Dieese, a aquisição da cesta básica em outubro comprometeu 53,67% do salário do trabalhador, descontada a parcela referente à Previdência Social.