O preço da cesta básica caiu em maio em metade das 16 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a pesquisa, enquanto na outra metade houve alta. As maiores elevações ocorreram em cidades do Nordeste: Recife (5,62%), Fortaleza (5 34%) e Salvador (5,19%); já as principais retrações foram apuradas no Rio de Janeiro (-3,83%), Curitiba (-3,55%) e Aracaju (-3,01%).
Apesar do recuo de 2,16% no custo dos produtos básicos, o maior valor para a cesta básica foi apurado na capital paulista, onde o preço dos gêneros de primeira necessidade ficou em R$ 178,99. O aumento de 0,94% elevou o custo da cesta de Porto Alegre para R$ 173,47, que assim registrou o segundo maior valor. As cestas mais baratas continuaram a ser encontradas no Nordeste: Fortaleza (R$ 133,77) e Aracaju (R$ 138,41).
No mês passado, o preço da maior parte dos produtos pesquisados apresentou retração, na maioria das capitais, em relação ao valor apurado em abril. Entre os destaques estão o feijão, que caiu em 12 cidades. As maiores variações negativas verificaram-se em Aracaju (-11,58%), Porto Alegre (-11,00%) e Belo Horizonte (-10,80%).
O custo da cesta básica apresentou queda em maio na maior parte das capitais pesquisadas tanto quando se considera a variação acumulada entre janeiro e maio de 2006 quanto quando se leva em conta o acumulado em um ano (entre junho de 2005 e maio último).
Nos cinco primeiros meses deste ano, o custo dos gêneros de primeira necessidade recuou em 10 capitais, principalmente nas cidades do Centro-Sul do País: Porto Alegre (-9,32%), Belo Horizonte (-6,52%), Curitiba (-6,10%), Brasília (-5,69%) e Rio de Janeiro (-5,15%). Os aumentos acumulados mais significativos foram verificados no Nordeste: Salvador (7,98%); Recife (7,64%) e Natal (6,65%).
Doze capitais apresentam deflação, em um ano, com destaque para o comportamento apurado em Brasília (-10,53%); Belo Horizonte (-8,33%) e Porto Alegre (-8,28%). As quatro localidades onde houve variação positiva estão localizadas no Nordeste: Salvador (4,75%); João Pessoa (4,43%); Natal (3,01%) e Recife (2,77%).
Salário mínimo – Estima que o valor do salário mínimo em maio deveria corresponder a R$ 1.503,70 ou 4,30 vezes o valor vigente de R$ 350,00. Este valor é ligeiramente menor ao verificado em abril, quando a projeção do Dieese era de R$ 1.536,96, ou 4,39 vezes o piso em vigor.