São Paulo – O preço da cesta básica de alimentos caiu, em julho, em 14 das 16 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A redução contínua dos preços dos alimentos ampliou novamente o número de capitais em que é possível adquirir duas cestas com o valor do salário mínimo líquido, que subiu de 12 para 13, de junho para julho. A pesquisa foi divulgada esta semana em São Paulo.

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Nos últimos doze meses, houve elevação de preços da cesta básica em apenas duas das 16 capitais pesquisas. No primeiro semestre deste ano, as quedas mais significativas foram em Belo Horizonte (-11,38%) e em Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com reduções superiores a 10%.

Em julho, as maiores retrações ocorreram em João Pessoa (-6,84%), Recife (-6,27%) e Salvador (-4,13%). Na cidade de São Paulo, o recuo foi de 1,05%. Houve aumento de preços apenas em Florianópolis (0,81%) e em Porto Alegre (1,60%).

Desde abril, o salário mínimo líquido (descontada a Previdência e a CPMF) passou a ser de R$ 323,22, o que permite ao trabalhador a eventual compra de duas cestas no valor de R$ 161,61. Em julho, apenas três capitais registraram cesta básica com custo superior a esse: Porto Alegre (R$ 171,02), São Paulo (R$170,50) e Brasília (R$ 162,28). A capacidade de compra do salário mínimo líquido sobre o valor médio da cesta básica nas 16 capitais pesquisadas foi de 46,35% em julho. No mês anterior correspondia a 47,29%.

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A jornada de trabalho necessária para adquirir a cesta, na média do conjunto das capitais, caiu de cerca de 113 horas, em julho do ano passado, para 94 horas no mês passado. Para o instituto, o salário mínimo real deveria corresponder a R$ 1.436,74.