O prazo dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sua equipe para a solução da crise do Instituto do Coração (Incor) terminou nesta terça-feira (14) sem que nenhuma providência de peso tivesse sido anunciada. Nos últimos dois dias, integrantes do Ministério da Saúde e representantes do Incor fizeram duas reuniões para acertar detalhes de um convênio de R$ 20 milhões, que seria destinado à manutenção e ao custeio da instituição. Até as 19h, no entanto, o ministério ainda não havia recebido do Incor o pedido formal do projeto.

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De acordo com assessores, uma equipe do ministério da saúde ficaria a postos para iniciar a análise da proposta assim que ela fosse formalmente apresentada, mesmo no feriado.

A primeira reunião entre integrantes do ministério e representantes do Incor ocorreu ontem. Nesta terça-feira, técnicos do ministério e do Incor tiveram nova reunião, desta vez para preparar um texto comum. Técnicos do Incor saíram da reunião no fim da manhã com o compromisso de trazer, à tarde, o documento formal. Até as 19 horas, porém, isso não havia ocorrido.

Os R$ 20 milhões esperados do Ministério da Saúde devem vir do Fundo Nacional de Saúde, no formato de convênio. A quantia, porém, seria suficiente para cobrir apenas uma pequena parcela da dívida do instituto, que teve início na década de 90, com a construção de um novo prédio para atendimento, o Incor 2. Para tal empreendimento, foi tomado um empréstimo de R$ 80 milhões do BNDES. A Fundação Zerbini, no entanto, nesta terça-feira necessita de no mínimo R$ 220 milhões para poder renegociar sua dívida com bancos e fornecedores. A expectativa era a de que recursos viessem também de um novo empréstimo do BNDES e de emendas parlamentares.

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