O ex-secretário da Justiça Aldo Parzianello teve direito a alguns dias de expectativa quanto à mal-resolvida candidatura ao Senado da República pelo PMDB. Sabiam todos, e ele próprio na condição de experiente advogado, que o registro da candidatura era uma possibilidade remota, porquanto o prazo facultado pela legislação se encerrou no dia 2 deste mês.
Como a pretensa aliança entre PMDB e PSDB firmou-se em torno do prato de lentilhas da indicação do deputado Hermas Brandão para a vaga de vice-governador, o PMDB abriu mão de lançar candidato ao Senado, pela convicção que acabou não se confirmando da invulnerabilidade do acordo com os tucanos. O Tribunal Regional Eleitoral não apenas anulou o acordo, como agora tornou sem efeito também o lançamento extemporâneo da candidatura senatorial de Parzianello.
O PMDB repetirá a chapa Requião-Pessuti, mas terá de digerir o dissabor de explicar a seus fiéis eleitores por que não tem candidato ao Senado, como os demais partidos. Não teria sido por desprezo à instituição ou por não contar em suas combalidas fileiras com pelo menos um nome à altura das tradições da Casa e capaz de enfrentar em igualdade de condições os concorrentes.
Que se expliquem os responsáveis pelas aflições vividas pelo atabalhoado partido-ônibus.