Pragas que ameaçam a agricultura brasileira

A abertura do comércio internacional para importação e exportação de mercadorias ocorrido nas últimas décadas deixou o País mais vulnerável à introdução e disseminação de pragas quarentenárias. Prova disso são as pragas que entraram e se instalaram no Brasil, como: o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis), a mosca branca (Bemisia tabaci), a mosca da carambola (Bactrocera carambolae), a sigatoka negra, o nematóide do cisto da soja, entre outras. O prejuízo causado por essas pragas é extremamente alto para os produtores, sem contar os danos que causam ao meio ambiente devido às aplicações de inseticidas para seu controle.

Conforme levantamento da Casa do Algodão, a cultura do algodão está classificada entre as dez principais culturas agrícolas do País, ocupando o sexto lugar mundial em superfície cultivada. Os insetos-praga constituem um dos principais problemas agronômicos desta cultura, causando grandes prejuízos econômicos anualmente. O uso de produtos químicos para o controle de pragas que ataca essa cultura pode chegar a até 25% do custo da produção.

 Nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil são efetuadas, em média, 18 aplicações de pesticidas químicos durante o ciclo da cultura. Na região Centro-Oeste, onde as lavouras são mais recentes, está prevista para esta safra a necessidade de 11 aplicações só para controlar uma das pragas principais, o bicudo do algodoeiro. Hoje, um produtor de algodão gasta em média, anualmente, US$ 216 em 12 aplicações de defensivos por hectare com o combate à praga.

 A pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Maria Regina Vilarinho de Oliveira, diz que ?recentemente, em uma avaliação sobre insetos de importância quarentenária para a agricultura brasileira, observou-se que 315 espécies podem colocar em perigo os nossos agroecossistemas. Desse total, 18% atacam sementes ou grãos, outros 9% podem acompanhar plantas ornamentais e 22%, as madeiras de embalagem?.

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