Outro assunto debatido na reunião do ?Mãos Limpas? desta segunda-feira (18) foi a solução mais indicada para reduzir a incidência de transgressões dos menores. O governador Roberto Requião disse que o Estado do Paraná vem investindo na readequação e modernização dos centros de readequação, mas questionou se esse é o melhor modelo. ?Não adianta educar para o trabalho se não há desenvolvimento econômico para absorver o contingente de trabalhadores que chegam ao mercado de trabalho?, argumentou.

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O governador reinaugurou na semana passada o Centro de Sócio-Educação de Londrina, com concepção moderna de construção porque permite a separação de menores de acordo com idade, compleição física e ato infracional, o que vai melhorar o atendimento psicológico dos menores. Cada menor nessa instituição vai custar ao Estado R$ 4.500 por mês.

O Centro abriga 58 menores e tem 70 educadores, num ambiente sofisticado para os padrões do Brasil, disse Requião. ?Mas o Estado não tem condições de construir mais centros nesses moldes para atender o aumento da marginalidade promovida pelo neoliberalismo?, afirmou Requião.

Na avaliação do governador, somente a mudança do modelo econômico poderia resolver essa situação. De acordo com Requião a proposta neoliberal, que privilegia apenas uma camada da população e acelera a marginalização da maioria, não condiz com a capacidade do Estado em gerar estruturas suficientes e adequadas para abrigar os menores em conflito com a lei.

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