PPS, PV e PSOL decidiram requerer ao Conselho de Ética da Câmara a abertura de processo de cassação contra os 69 deputados acusados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas de participação no escândalo de venda superfaturada de ambulâncias com dinheiro público. A decisão visa a encurtar caminhos e evitar que o processo passe antes pela Corregedoria da Câmara. Aberto o processo de perda do mandato, a renúncia do acusado não impede o julgamento e eventual perda dos direitos políticos por oito anos.
"Queremos que o processo seja abertura ainda nesta legislatura", disse o presidente do PPS, Roberto Freire (PE). Ele já conversou com os seus colegas dirigentes do PV, José Luiz Penna, e do PSOL Heloisa Helena (AL), a respeito da assinatura para o pedido de abertura dos processos. Os três devem se encontrar entre esta segunda e terça-feira para assinar todos os pedidos, que têm de ser individuais. "Já pedi à assessoria jurídica do PPS que prepare a papelada. Será uma ação para cada parlamentar. Dará um pouco de trabalho, mas o conteúdo será muito parecido", afirmou Freire.
Ainda não foi definido se os partidos pedirão também abertura de processo contra os três senadores acusados de pertencerem ao esquema. É que somente o PSOL tem representação no Senado. A senadora Heloisa Helena ainda examina a possibilidade de requerer a abertura de processo contra Magno Malto (PL-ES), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT).
