Muitos pais não têm opção de escolha e precisam deixar os filhos durante o dia todo na escola. Com uma rotina intensa de trabalho, não há disponibilidade para estar em casa por meio-período e é nesses casos que o ensino em tempo integral faz diferença. Em Curitiba, ainda há poucas escolas que oferecem essa opção, mas a procura tem aumentado e a cada ano novas instituições se adaptam para atender os alunos do início da manhã até o fim da tarde.
A rede municipal tem o maior número de escolas que oferecem o período integral. Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação, 90 unidades de ensino estão preparadas para atender os alunos durante o dia todo.
A rede estadual conta hoje com 163 escolas em Curitiba, mas de acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seed), apenas duas oferecem atividades em período integral. Segundo a Coordenadora de Atividades Complementares da Seed, Juara Regina de Almeida, a previsão é que em 2012 mais 10 escolas passem a trabalhar com a jornada do horário das aulas estendida.
“Nós primeiro avaliamos as escolas que demonstram interesse em ter o período integral. Mas a intenção é de que em breve a maioria delas se enquadre na jornada estendida, até porque já foi comprovado que o aproveitamento dos alunos que estudam em tempo integral é maior”, conclui.
Contraturno
Para os pais que precisam do período integral, mas não têm condições de pagar para isso, as escolas estaduais oferecem a opção do contraturno. Em horário diferente do que o aluno está matriculado é possível inscrevê-lo em atividades extracurriculares de esporte e lazer.
Poucas escolas
Na rede privada o número de escolas que oferecem o ensino fundamental em tempo integral, não é muito maior que o da rede pública. Segundo dados do último censo escolar de 2010, apenas quatro escolas apresentam a opção de ensino integral aos pais e alunos, mas de acordo com o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), existe em funcionamento pelo menos o dobro disso. Ainda assim, é um número considerado baixo se comparado ao total de colégios particulares em atividade na capital que é de 736.
Segundo Juliana Sandrini, conselheira do Sinepe, são poucas instituições que oferecem o período integral porque o custo é muito alto para a escola. “Exige uma infraestrutura grande, com mais profissionais especializados e consequentemente as mensalidades são mais caras”, avalia.
Mas se no ensino fundamental a oferta do período integral é escassa, na educação infantil, segundo o Sinepe, todas as escolas particulares oferecem a opção que é bastante procurada pelos pais