O setor de combustíveis líquidos corresponde a cerca de 25% do ICMS recolhido no Paraná. Diante dessa importante participação da revenda na economia do Estado, a Mineropar quer acabar com o círculo vicioso do ?eu poluo e você me multa? para que se crie o circulo virtuoso ?você me orienta e eu cuido?.

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A afirmação é do presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni, e foi feita quarta-feira à noite, em Curitiba, durante a abertura da Oficina de Trabalho ?Passivos Ambientais em Pontos de Distribuição de Combustíveis?,. Salamuni destacou o interesse da Mineropar e do IAP em orientar e dialogar com o setor para que os postos regularizem sua situação ambiental. A oficina vai até esta sexta-feira (5).

O presidente do IAP, Rasca Rodrigues, reiterou essa posição e afirmou que a maior dificuldade do instituto está na limitação das análises. Apesar disso, segundo Rodrigues, havia apenas 10 postos licenciados em janeiro de 2003 e atualmente este número saltou para 2002. Estão em andamento no IAP, 543 licenciamentos ambientais, além de mais 500 que devem dar entrada a curto e médio prazo. No Paraná, há aproximadamente 2.450 postos de combustíveis.

O setor de combustíveis líquidos é potencialmente poluidor. De acordo com o presidente do IAP, o município de São Paulo é um termômetro do que acontece no Brasil. Das 750 áreas contaminadas existentes em São Paulo, 64% são por postos de combustíveis.

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O presidente do Sindicato dos Combustíveis do Paraná, Roberto Fregonese, afirma que 80% dos postos paranaenses estão velhos, com cerca de 10.000 tanques enterrados. Segundo ele, 90% dos problemas de um posto de gasolina não estão nos tanques, mas nas tubulações que podem se romper. As tubulações também são enterradas e, desta maneira, podem contaminar o solo. Hoje já existe substituição para essas tubulações antigas à base de PAD (Polietileno de Alta Densidade).

Fregonese explica que nem sempre é a idade do tanque que acaba contaminando o solo, mas o material do que ele é feito é que corrói, causando danos ao solo. O presidente do Sindicombustíveis/PR disse que ?há cinco anos, se os postos tivessem se adequado às leis ambientais, não teríamos metade dos problemas que temos hoje?.

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Ele propõe trocar os autos de infração, nas ações fiscalizadoras, por melhorias ambientais. O dinheiro da multa seria condicionado às melhorias ambientais. ?Acho que a gente tem que buscar soluções e não gerar problemas?, afirma.

O chefe do Departamento de Política Regional do IAP, Sandor Sohn, destaca: ?Somos fiscalizadores, mas também licenciadores?. O diretor de Controle de Recursos Ambientais do IAP, Harry Teles, afirma também que o IAP está disposto a dialogar para que os empreendedores se legalizem e procurem profissionais habilitados que entendam do problema.

Para a geóloga da Mineropar, Kátia Siedleck, apesar das exigências serem inúmeras para a adequação ambiental dos postos, ela lembra que elas (as exigências) são pertinentes porque se tratam de exigências técnicas.