O presidente da Portugal Telecom, Henrique Granadero, demonstrou nesta quarta-feira (30) ao presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar Júnior, seu interesse pela licitação de licenças de telefonia celular. A intenção da Portugal Telecom que é dona da Vivo junto com a Telefônica, é alcançar uma operação nacional. A Vivo ainda não tem licença para operar em Minas Gerais e em seis Estados do Nordeste.
Granadero afirmou ainda que a empresa também tem interesse em participar da licitação das licenças de terceira geração da telefonia celular. Segundo o presidente da Portugal Telecom, que deu entrevista depois de se reunir com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, nessa era de convergência tecnológica é necessário igualdade de condições.
A Vivo, que tem a liderança no mercado de telefonia celular no Brasil, tem perdido mercado para a TIM e para a Claro. A TIM, que está em segundo lugar, tem operação em todo o País e a Claro só não atua em parte da Região Norte. Ele disse que o presidente da Anatel não informou qual será a data do leilão das licenças de telefonia celular, mas disse que será brevemente.
Compra da Vivo
É errada a teoria de que a empresa espanhola Telefónica é o comprador natural da participação da empresa portuguesa na Vivo, disse Granadero. A PT e a Telefónica tem cada uma 50% da operadora de telefonia celular Vivo. "É uma teoria errada, não vejo que tenha qualquer tipo de sustentação, nem do ponto de vista econômico nem do ponto de vista da evolução do negócio", afirmou.
Ele ressaltou que a Portugal Telecom tem a mesma participação na Vivo que a Telefónica e que estão em igualdade de circunstâncias. "Portanto, como se trata de dinheiro, não vejo que os euros espanhóis tenham mais valor que os euros portugueses", afirmou Granadero, depois de se encontrar com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar Júnior.
Ao ser questionado se o presidente da Anatel pediu informações sobre a compra da Telecom Italia pela Telefónica e dos eventuais reflexos no mercado brasileiro, Granadero respondeu: "Esse é um problema da Telefónica e da TIM, não é um problema meu, são contas de outro rosário.
