Porto treina equipes com simulação de vazamento de óleo

A situação era hipotética, mas poderia perfeitamente acontecer: no cais comercial do Porto de Paranaguá, o rompimento de um mangote provocou o vazamento de 5 metros cúbicos de resíduo oleoso do navio ?Eugenie?, atracado no terminal portuário para embarque de 26 mil toneladas de trigo. O navio panamenho estava em plena operação, mas o vazamento era fictício. No lugar do óleo, pipocas ? que não causam qualquer dano ao meio ambiente ? foram espalhadas ao redor da embarcação para simular o vazamento e dar condições para que as equipes do Centro de Excelência em Defesa Ambiental (Ceda), junto com o Corpo de Bombeiros, Guarda Portuária, Polícia Federal, Força Verde e órgãos ambientais pudessem agir.

O exercício simulado começou às 10 horas desta quarta-feira (24), no berço 201 do cais do Porto de Paranaguá, e serviu para que os equipamentos e as equipes fossem testados num trabalho de prevenção. ?Este simulado tem o objetivo de avaliar as equipes, conhecer a performance dos envolvidos e corrigir eventuais falhas para que possamos atingir a excelência na qualidade dos nossos serviços?, explicou Amarildo Araújo da Silva, gerente regional da Alpina Briggs, empresa contratada pela Petrobrás e que atua no Ceda, de acordo com convênio firmado entre a estatal e a Appa. Na autarquia, o Grupo Setorial de Gestão Ambiental Mar e Terra (Gamar) é o setor especializado nas questões ambientais e de zoonoses.

As ações das equipes de emergência aconteceram em dois momentos. O primeiro tratou de uma operação que se tornará rotina no Porto de Paranaguá: quando uma embarcação precisar descartar materiais poluentes, haverá uma operação preventiva de cercar o navio com barreiras de contenção, como aconteceu nesta quarta-feira (24). Em seguida, seis quilos de pipocas foram lançadas, simulando o vazamento de 5 mil litros de óleo do navio.

A partir daí, outros equipamentos começaram a ser utilizados, como recolhedores, moto-bombas, mantas absorventes, tanques para acondicionar o óleo e um total de 625 metros de barreiras de contenção. ?A Appa pretende implementar um sistema no qual todo navio que for abastecer ou retirar resíduos oleosos tenha um atendimento do Ceda para fazer a contenção com barreiras absorventes. Caso haja alguma emergência, a equipe e os equipamentos estarão prontos no local para qualquer ocorrência?, disse a oceanógrafa Noelle Saborido, integrante do Gamar.

Esta foi a primeira vez que este tipo de simulado aconteceu no porto de Paranaguá. Uma prática que, segundo o assessor de segurança da Appa, Jack Holmes, reflete a prioridade do governo do estado e do próprio porto. ?Manteremos este tipo de treinamento, assim como acontece com outras corporações, com o objetivo de prevenir qualquer possibilidade de acidente na faixa portuária ou que afete o meio ambiente?, comentou Holmes

Treinamento

No início do mês, um treinamento preparou equipes dos portos para atuarem de forma ágil e preventiva contra acidentes ambientais. O navio cargueiro ?Vitali? foi cercado com 375 metros de barreiras de contenção. O exercício, inédito em Paranaguá, teve o objetivo de preparas as equipes de emergência para um procedimento de segurança que será adotado em 2007 nos portos paranaenses.

Eduardo Requião, presenciou o treinamento e destacou que os investimentos em meio ambiente vão continuar, a exemplo do que ocorreu nos últimos quatro anos. ?Nós queremos este ano colocar o porto como um terminal de ponta na resolução, nos questionamentos, na pesquisa e nas propostas portuárias para que o meio ambiente seja respeitado?, afirmou.

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