A proposta do Porto de Paranaguá em transformar os armazéns que Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem em Ponta Grossa em área retroportuária vai trazer benefícios diretos às transportadoras e aos caminhoneiros que levam cargas para exportação.

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A avaliação é do superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião. "Com uma retroárea em Ponta Grossa, vamos resolver o problema crônico das filas que se formam ao longo da BR-277, durante os períodos de escoamento da safra".

"Vamos beneficiar, principalmente, os pequenos produtores que não possuem recursos para construir armazéns na área primária e que, por isso se obrigam a armazenar seus produtos na estrada, ou seja, nos caminhões graneleiros", acrescentou.

Novo silo

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Este recurso, segundo o superintendente, se somará à construção de mais um silo público, com capacidade para 107 mil toneladas, que ocorrerá ainda em 2005, ao lado do já existente no Corredor de Exportação, em Paranaguá, por onde é embarcada a safra agrícola a granel.

"Assim, definitivamente, estaremos ajudando a solucionar os problemas ocasionados pelas filas na estrada e no pátio de triagem e amenizando o drama pelo qual passa o pequeno produtor, que não possui local de tamanho adequado para estocar a crescente safra agrícola brasileira", enfatizou Eduardo Requião.

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Outra questão levantada pelo dirigente é em relação a fila de navios, que será agilizada com a pronta oferta do produto. "Cerca de um milhão de dólares por noite são jogados no mar devido o carregamento demorado de navios. São 3.500 caminhões por dia aguardando a vez de escoar a carga, o que piora nas chuvas", disse Eduardo Requião.

O dirigente portuário esteve em Brasília, na última quarta-feira, quando expôs o projeto da Appa à diretoria da Conab. A aceitação pela diretoria do órgão federal, segundo ele, foi unânime e o Porto de Paranaguá passará a contar, assim que os termos do contrato forem assinados, com aumento na capacidade de armazenagem, de 420 mil toneladas, que somados aos 1,1 milhão já existentes em Paranaguá, utrapassará 1,5 milhão de toneladas.

Assim como os silos públicos, em Paranaguá, os de Ponta Grossa também serão de fluxo e contarão com dois meios de transporte a Paranaguá, rodoviário e ferroviário.