O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina ? Appa -, Eduardo Requião, anunciou durante a 3ª. Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena Sobre Biossegurança ( MOP3) , que o Porto de Paranaguá já opera desde segunda-feira com o sistema de segurança (ISPS Cod), que é uma exigência da Organização Internacional da Marinha.
Depois do 11 de setembro, a Organização estabeleceu um código para que todos os portos do mundo se adequassem à nova lei e só os portos certificados poderiam realizar um comércio entre si.
De acordo com o Eduardo Requião, sem esse sistema, o porto não poderia comercializar com outros portos do mundo. ?O que o Porto de Paranaguá iniciou foi o resultado desse trabalho que realizamos internamente. Não conseguimos os recursos federais prometidos por diversas vezes e fizemos, com recursos do próprio porto, o nosso ISPS Cod. O Porto já está adequado a receber a certificação para operar com todos os portos do mundo?, afirmou Eduardo Requião.
O superintendente destacou também os resultados positivos do Porto de Paranaguá. Até 2002, segundo ele, o faturamento do Porto era de aproximadamente US$ 4 bilhões. Hoje, esse número saltou para mais de US$ 9 bilhões. Para Eduardo, esse é o resultado de um esforço conjunto do Porto com os operadores portuários. ?Ampliamos a exportação de veículos, a de cargas gerais, também resolvemos um problema histórico, das famosas filas de caminhões ao longo da BR 277 e exigimos que os navios fossem certificados para garantir mais segurança. Isso tudo melhorou a logística do Porto. Hoje, nós temos resultados duas vezes maiores que o Porto de Santos, por exemplo. Nós queremos fechar o Governo Requião com US$ 10 bilhões exportados pelo Porto de Paranaguá, destacou o superintendente?.
Área livre de transgênicos
Para Eduardo, o Paraná é exemplo para o mundo. ?Todos reconhecem o Porto de Paranaguá com um porto livre de transgênico e isso gera benefícios para Estado do Paraná. Por outro lado, gera também uma pressão contrária muito grande. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Ministério de Transportes, os operadores portuários também pressionam junto com deputados estaduais para que o porto privatize seu corredor e exporte transgênicos, tentando contrariar a decisão do Governo do Estado?, desabafou Eduardo Requião.
Outra preocupação é com os certificados de produtos. De acordo com Eduardo Requião, ?nenhum porto brasileiro exporta soja transgênica com certificado de soja transgênica. Em Paranaguá tenta-se fazer a mesma coisa. Mandam soja contaminada com laudos de soja pura e tentam utilizar o corredor de exportação do porto?. Porém, ele garante que a fiscalização é cada vez mais rigorosa. ?A vigilância da Claspar é hoje muito boa e nós estamos conseguindo bloquear esses vagões. Na semana passada, bloqueamos 30 vagões com certificado de soja tradicional mas que era soja transgênica. Eles ficam retidos no Porto de Paranaguá, abre-se um processo e devolve-se o produto?, finalizou.