Os resultados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Porto de Paranaguá foram apresentados pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) às empresas que atuam no terminal portuário. O EIA estará sendo protocolado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), nos próximos dias, e representa o início das atividades que conduzirão as operações portuárias em respeito ao meio ambiente. “É o Porto de Paranaguá colocando em prática o desenvolvimento sustentável, com consciência e respeito à legislação, em nome do sistema ambiental portuário”, disse o superintendente da APPA, Eduardo Requião.
Assim que for colocado em prática, o Porto de Paranaguá será o primeiro do Brasil a possuir licenciamento ambiental, de acordo com Engenheiro Florestal, Pedro Dias, que atua na Assessoria da Superintendência da APPA para assuntos de meio ambiente.
De acordo com os estudos realizados pela empresas Engemin, sob a coordenação do biólogo José Lopes, os empreendimentos contemplados serão o Cais de Múltiplo Uso (Cais Oeste), as dragagens de aprofundamento do canal de acesso aos Portos de Paranaguá e Antonina, das bacias de evolução e dos berços e a derrocagem da chamada “Pedra da Palangana”.
As pesquisas para elaboração do EIA não contemplam, por exemplo, o terminal para movimentação de granéis líquidos, em Antonina; o parque aduaneiro de Paranaguá (Plataforma Industrial); os novos cais da Ponta do Félix, a regularização de operadores portuários e outras obras portuárias, como as que serão realizadas em Pontal do Sul. “Com a confirmação do início destes projetos, poderemos entregar os estudos posteriores como anexos do atual EIA.
Nos próximos 45 dias, a comunidade portuária estará desenvolvendo diagnósticos sobre a realidade vivida em cada empresa no setor ambiental. Após este levantamento, a APPA promoverá audiências públicas em Paranaguá, Antonina e em Curitiba. “Vamos abordar todas as interferências que as mudanças previstas neste Estudo poderão provocar, por exemplo, na fauna aquática, junto a comunidade pesqueira, entre outros”, disse Lopes.
Para Pedro Dias, a discussão pública será um marco para a questão ambiental do Porto. “Acredito que os Portos do Paraná serão reconhecidos como antes e depois do EIA”, comentou.