?Fico entristecido em ver o estado de abandono e depredação do Colégio Brasílio Machado. Tenho viva em minha memória a imagem de um colégio imponente e importante, por onde passaram gerações de antoninenses e ilustres filhos dessa cidade. Hoje, vejo que essa obra não é só para recuperação do prédio, mas também da história de Antonina e do Paraná?, disse o aposentado Rogério Waldir da Silva, de 65 anos.
Do muro do colégio, ele observava o início da instalação do canteiro de obras para recuperação e ampliação da centenária instituição de ensino, uma obra orçada em R$ 1,1 milhão e custeada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). ?Este é o resultado da nossa preocupação com a comunidade e com a qualificação da mão-de-obra, para que estejamos sintonizados com o mundo e com as exigências mundiais?, comentou o superintendente da Appa, Eduardo Requião.
A diretora do colégio, professora Sueli Nico Pinheiro da Veiga, disse ter ficado emocionada com a recuperação do estabelecimento que tem sua história atrelada à do Paraná. ?Este é o segundo mais antigo estabelecimento de ensino do Paraná, com 116 anos de existência. Depois de anos sendo degradado e esquecido pelas autoridades competentes, recebemos este presente que representa muito para toda a população. É um compromisso de campanha que está sendo concretizado pelo Governo Requião?, disse a professora.
A mobilização dos equipamentos e do pessoal para execução das melhorias será intensificada durante a próxima semana. A partir dessa etapa, segundo o diretor de engenharia da RAC Engenharia ? empresa vencedora da licitação ?, André Cansian, a realização do projeto ocorrerá em fases simultâneas, com atividades paralelas nas áreas elétrica, hidráulica e civil.
O cronograma inicial das obras foi reformulado e antecipada em três meses a conclusão dos trabalhos. ?Nossa preocupação com esta recuperação é que se trata de um prédio antigo, que exige um cuidado maior e um acompanhamento técnico sempre presente. Uma sondagem maior permitirá que conheçamos com maior profundidade a estrutura do colégio?, comentou Cansian.
Além das obras de recuperação, haverá frentes de trabalho para a demolição das ruínas de antigas salas de aula, localizadas nos fundos do Colégio. ?Construiremos um auditório, salas de aula, sanitários e uma estrutura que ligará a escola a essa nova unidade?, explicou o engenheiro Ricardo Cansian, também da RAC Engenharia.