O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, negou hoje ter sido informado na quinta-feira os riscos de desmoronamentos, nas obras da linha amarela do Metrô de São Paulo, um dia antes do acidente ter ocorrido. "Esse acompanhamento das obras é feito pelas construtoras, pelo Metrô e tem duas outras empresas que fazem isso. Essa é uma obra do Bird, que faz uma auditoria independente. Então, não é obrigatório que eles tenham me passado (essa informação). O que eu posso dizer é que não fui informado antes e com certeza fui informado sobre os riscos somente no sábado. Se alguém errou, o laudo vai dizer", explicou após vistoriar o local.

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Ao ser questionado sobre se a fiscalização não teria sido bem feita e se havia falta de informações, o secretário respondeu: "Não fui (informado), mas isso não quer dizer que a fiscalização não tenha sido (bem feita). O laudo é que vai mostrar", afirmou. Em seguida, ao ser questionado se concordava com a declaração do vice-governador do Estado, Alberto Goldman, que disse acreditar que a causa do acidente teria sido uma falha de engenharia, Portella destacou que preferia esperar o laudo para emitir qualquer opinião sobre o caso.

No sábado, o gerente de Construção da Linha 4, Marco Antonio Bomcompagno, afirmou que recalques – leve deslizamento de terra – sempre acontecem em obras de engenharia. "Quando se está cavando um túnel, a terra sempre desce um pouco. Isso é normal em uma obra de engenharia", declarou em entrevista coletiva à imprensa. Segundo o gerente, conforme a velocidade dessa descida "preocupa-se mais ou menos". E disse que na quinta-feira houve uma aceleração dessa descida. "Mas todas as providências foram feitas para corrigir um eventual problema em função dessa aceleração.

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