Por uma obra flexível e racional

Flexibilidade, isolamento termoacústico, baixo peso, limpeza e rapidez na execução são alguns atributos do dry wall, sistema de paredes e forros que combina estrutura de aço galvanizado com chapas de gesso de alta resistência. Tais vantagens são cada vez mais reconhecidas por construtoras, engenheiros e arquitetos do País, mas foram necessários alguns anos para que houvesse uma mudança de cultura e conseqüente aumento no seu consumo.

A tecnologia passou a ser utilizada de forma regular na construção civil brasileira em meados da década de 90, quando grandes indústrias do setor (BPB Placo, Knauf e Lafarge Gypsum) instalaram fábricas no Brasil. No entanto, foi a partir do ano 2000 que sua utilização deu um grande salto de crescimento, até chegar aos 14 milhões de metros quadrados consumidos atualmente. Curitiba foi uma das primeiras cidades a receber a tecnologia e hoje ostenta o maior consumo per capita do País. "Para vencer o preconceito inicial, tivemos que fazer um intenso trabalho de apresentação e conscientização no mercado, passando pelas universidades até as construtoras", conta Renato Ramalho, diretor da Adamus, empresa que distribui e instala o produto.

Hoje, a tecnologia virou sinônimo de obra moderna, sendo a mais empregada em todo o mundo para a montagem das chamadas vedações internas de qualquer tipo de edificação, sejam residências, hospitais, lojas, hotéis, supermercados ou salas de cinema. "O dry wall está na maior parte de meus projetos, devido à rapidez de execução e da flexibilidade que o sistema permite. Além do fator segurança, já que o material é resistente a fogo", afirma o arquiteto Gustavo Canhizares Pinto.

Custo

Com relação aos custos, se comparado isoladamente, o dry wall é mais caro que a alvenaria tradicional. "Por outro lado, proporciona economia na estrutura, já que tem menor peso, diminuindo em até 15% o custo final da obra, e evita o desperdício tão comum quando se lida com tijolos e cimento. Além disso, tem-se um ganho de área útil de até 4%, já que as paredes têm menor espessura, e maior rapidez", ressalta o arquiteto.

Outra grande vantagem apontada pelos arquitetos é a flexibilidade, o que lhes assegura maior liberdade de criação. Com o dry wall, é possível projetar e montar paredes, forros e revestimentos com curvas, recortes e outros detalhes com mais facilidade, podendo também ser utilizado em mobiliário fixo como estantes e balcões. O sistema facilita ainda mudanças de layout e manutenção hidráulica e elétrica, basta tirar ou acrescentar paredes. Também aceita qualquer tipo de acabamento e fixação de objetos e armários.

Mas, para que se possa usufruir todas essas vantagens com mais segurança, a recomendação é que se tenha cuidado com a qualidade dos materiais, verificar se a empresa distribuidora é credenciada junto à indústria e, também, se os profissionais são habilitados.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo