Foto: Valquir Aureliano |
Um grave acidente ocorrido na noite de ontem fechou completamente a BR-116 no sentido Curitiba-São Paulo. A cabeceira da ponte sobre a represa do Capivari-Cachoeira cedeu e caiu por volta das 23h. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que dois caminhões submergiram na água, um conseguiu escapar da queda e está sobre a pista. O motorista deste caminhão, a mulher, e o filho de quatro anos ficaram feridos e foram encaminhados para o Hospital Angelina Caron, na região de Curitiba. Um terceiro caminhão está suspenso, preso pelo cavalo mecânico. A cabine está submersa, com o corpo do motorista dentro, ainda não identificado.
Para içar o caminhão em perigo seriam utilizados dois caminhões tracionados. Antes, o veículo precisa ter toda a carga de pneus retirada. A distância entre a pista da ponte e a represa é de 25 metros de altura. A ponte tem 350 metros de comprimento e o buraco na ponte é de 70 metros de comprimento. Mergulhadores procuram por outros veículos na represa. A estrutura ainda corre risco de ceder mais.
Durante toda a madrugada, em ambos os sentidos da rodovia o trânsito ficou parado. A outra ponte só foi liberada por volta das 9h15 desta quarta. A fila chegou a 14 quilômetros, indo do Contorno Leste até o viaduto de Campina Grande do Sul.
Quem tiver urgência em chegar a São Paulo deve ir por Ponta Grossa, pela BR-376, pegando a BR-151, saindo em Jaguariaíva e depois em Itararé, em São Paulo. Com este desvio, o motorista poderá levar até dez horas para chegar a São Paulo. Normalmente, os 430 quilômetros entre Curitiba e a capital do estado vizinho são percorridos em seis horas.
Alerta
Segundo a reportagem da Rádio CBN, policiais rodoviários, que não quiseram gravar entrevista, asseguraram que há duas semanas alertaram os técnicos do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) sobre problemas com a ponte. As marcas recentes de piche na pista mostram que houve há pouco tempo. Segundo o departamento, o excesso de água no barranco pode ter provocado o desabamento. O governador Roberto Requião fez um sobrevôo na região para verificar as dimensões do estrago. Serão necessários seis meses para recuperar o trecho