As diretrizes do Governo do Paraná para a manutenção e a implantação dos programas de saúde pública dão atenção especial aos hospitais públicos e filantrópicos. Dos 513 hospitais do Estado, 82 são filantrópicos. O secretário da Saúde, Cláudio Xavier, explicou que a política de saúde pública do Governo do Estado prioriza hospitais sem fins lucrativos. ?São os parceiros naturais do Sistema Único de Saúde (SUS). E os investimentos do Estado vão de maneira preferencial para eles?, afirmou.
No ano passado, a Secretaria da Saúde repassou para hospitais filantrópicos e santas casas aproximadamente R$ 62 milhões em verbas provenientes dos atendimentos realizados pelo SUS. Este número ainda não contabiliza os 13 municípios do Estado que estão em gestão plena de saúde, ou seja, gerenciam os seus recursos de maneira independente.
Xavier lembrou que, desde o início de 2003, a Secretaria já repassou para as Santas Casas mais de R$ 8 milhões em diversos tipos de incentivos para hospitais desta natureza. ?Investimos mais de R$ 2,5 milhões em equipamentos, R$ 407 mil em materiais de consumo e R$ 700 mil em reformas de patrimônio?, afirmou o secretário. Nas contas da Secretaria da Saúde, os hospitais filantrópicos também receberam mais de R$ 200 mil em equipamentos e outros R$ 4,6 milhões como verbas de auxílio de manutenção.
Esses investimentos se dividem em auxílios pontuais, mas também em programas fundamentais para o desenvolvimento da saúde pública no Estado. Entre eles está o Programa de Regionalização, que definiu hospitais estratégicos nas regiões para atender melhor a população. Dos 23 hospitais desse programa, quase a metade são hospitais filantrópicos que recebem repasses mensais do Governo do Estado.
O Programa de Gestação de Alto Risco, que investiu mais de R$ 8 milhões em equipamentos para hospitais de todo o Paraná, também privilegiou hospitais filantrópicos no repasse desses materiais. Dos 40 hospitais que receberam esses equipamentos, 19 são filantrópicos. ?Até mesmo a implantação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem sido encaminhada, preferencialmente, para instituições públicas ou filantrópicas, como é o caso das Santas Casas?, afirmou o diretor de Sistemas de Saúde da Secretaria, Gilberto Martin.
Entretanto, Martin ressaltou a importância do reajuste na tabela do SUS. Segundo ele, esta é uma antiga reivindicação dos hospitais, tanto filantrópicos quanto públicos e privados. ?Houve um aumento há um ano, mas ele foi muito pequeno. É imprescindível que haja um reajuste maior. Isso é importante até para nós, gestores, que somos cobrados na ponta sem termos alternativas de reverter esse quadro?, analisou.