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Zé Dirceu no Bloco 5 da Papuda, em cela coletiva com beliche

O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) chegou à Penitenciária da Papuda, em Brasília, às 14h40 desta sexta-feira, 18, após determinação da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O petista foi recolhido no bloco 5 do Centro de Detenção Provisória (CDP), segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe).

Dirceu vai começar a cumprir a pena de 30 anos, nove meses e dez dias por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. A força-tarefa da Operação Lava Jato acusou o ex-ministro de receber parte das propinas da empreiteira Engevix à Diretoria de Serviços da Petrobrás entre 2005 e 2014. O ex-ministro teria levado R$ 10,2 milhões.

De acordo com a Sesipe, “o bloco 5 do CDP reúne internos que, legalmente, possuem direito de custódia em locais específicos, como ex-policiais, idosos, políticos, além de custodiados com formação de ensino superior”.

“A cela onde José Dirceu permanecerá é coletiva, com tamanho aproximado de 30 metros quadrados. O local conta com camas do tipo beliche, chuveiro e vaso sanitário. Assim como todos os outros detentos do sistema prisional, Jose Dirceu terá direito a quatro refeições diárias – café da manhã, almoço, janta e lanche noturno – e duas horas de banho de sol”, informou a subsecretaria.

Dirceu tinha até as 17h para se apresentar à Polícia Federal. O ex-ministro se entregou à Justiça no início da tarde.

No início da tarde da quinta-feira, 17, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou um recurso decisivo do petista e abriu caminho para Dirceu ser preso. Após a decisão da Corte de apelação da Lava Jato, a juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal, em Curitiba, mandou prender o ex-ministro.

Zé Dirceu, um dos fundadores do PT, foi o ministro mais poderoso do primeiro governo Lula, mas acabou condenado no processo do Mensalão – 7 anos e onze meses de reclusão por lavagem de dinheiro – em 2013. Durante alguns meses, o ex-ministro cumpriu pena na Papuda, para onde retornou nesta sexta, 18, agora prisioneiro da Lava Jato.

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