Alegando questões pessoais, a secretária estadual de Educação, Yvelise Arco-Verde, pediu exoneração do cargo ontem, após o problema com o atraso no pagamento dos professores temporários contratados pela secretaria para substituir professores.
Em sua carta de demissão, no entanto, Evelyse não mencionou o fato e disse que sai orgulhosa de “ter o Estado do Paraná como referência nacional na área da Educação”.
A Secretaria Estadual de Educação concedeu licença prêmio a uma série de professores efetivos de seus quadros neste final de ano, contratando temporários, através do Processo de Seleção Simplificado (PSS) para substituí-los, mas, desde setembro, esses professores estão sem receber salários, porque seus pagamentos não estavam previstos nas despesas do Estado, o que gerou uma crise na Educação e originou uma mobilização da categoria.
Antes mesmo de ser comunicado sobre o pedido de demissão da secretária, o governador Orlando Pessuti (PMDB), ao explicar as contratações na reta final de seu governo, admitiu que teria que fazer ajustes na pasta da Educação, por conta do problema com o pagamento dos temporários.
“A secretaria concedeu as licenças-prêmio sem comunicar outras áreas do governo, o que gerou o problema no pagamento dos substitutos e criou a necessidade de ajustes”, disse. A gestão de Arco-Verde também foi marcada pela descoberta de irregularidades no pagamento de diárias de viagens a funcionários da Secretaria.
