A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), minimizou o resultado de pesquisa divulgada hoje pelo Ibope, encomendada pelo Grupo RBS, que aponta desaprovação de 74% ao desempenho do seu governo. A tucana afirmou que não está interessada em resultados porcentuais, mas nos motivos que expliquem tamanha desaprovação. “Eu não nego a pesquisa, mas apenas levarei em conta um levantamento que aponte a razão da falta de aprovação”, afirmou a governadora, na gravação do programa “Roda Viva”, que será transmitido hoje às 22h15 pela TV Cultura.
Yeda atribuiu a alta desaprovação à “radicalização política existente no Rio Grande do Sul”. “Os sindicatos fazem uma oposição ferrenha desde o início do meu governo. Construíram uma imagem enganosa a meu respeito. Mas nada me assusta”, frisou a tucana. A pesquisa elaborada pelo Ibope mostra que a maioria dos gaúchos desaprova o desempenho da governadora e é favorável ao seu afastamento do cargo. Os números indicam que 43% da população avalia o governo estadual como péssimo, 74% desaprovam o desempenho de Yeda e 62% são favoráveis ao seu afastamento.
Ainda na entrevista, a governadora negou mais uma vez que esteja envolvida em fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran entre 2003 e 2007, denúncia investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Assembleia Legislativa. De acordo com a tucana, as acusações são “tudo ladainha e repetição”. Yeda ainda desafiou os partidos que fazem oposição ao PSDB no Estado a provarem o contrário. “Eles são uma turma de fofoqueiros e caluniadores. Quero ver provarem tudo o que dizem”, provocou.
A governadora ainda informou que entrou na tarde de hoje com uma ação na Justiça contra o vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM), que acusou Yeda em depoimento à CPI de se apropriar indevidamente de recursos financeiros doados durante a campanha eleitoral de 2006, quando a tucana foi eleita. “Entrei com um recurso na Justiça contra ele por calúnia hoje”, confirmou.