Woo recorrerá ao TSE para garantir mandato na Câmara

O pré-candidato ao Senado e deputado federal William Woo (PPS-SP) informou hoje que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para resguardar seu mandato na Câmara dos Deputados. A iniciativa, um pedido de justa causa, é uma resposta à ação ajuizada ontem pelos tucanos para tentar reaver o cargo do parlamentar, que trocou o PSDB pelo PPS para concorrer ao Senado em 2010.

Woo não estipulou uma data para ingressar com o pedido, mas disse esperar que o PSDB volte atrás na decisão e não entre em uma disputa jurídica pelo cargo. “Vou entrar com um pedido de justa causa e vou defender o meu mandato”, assegurou o parlamentar. “Mas antes vou me pronunciar na próxima reunião da Executiva Nacional do PSDB, onde reafirmarei os motivos que me levaram a mudar de legenda”, ponderou.

O parlamentar justificou a sua saída do PSDB pelo fato de o partido não lhe dar espaço para que concorra ao Senado Federal no ano que vem. Uma das duas vagas ao Senado da coligação eleitoral encabeçada pelo PSDB foi garantida ao PMDB, mais especificamente ao ex-governador de São Paulo Orestes Quércia.

A outra vaga vem sendo oferecida, nos bastidores, como uma espécie de prêmio de consolação ao preterido no embate entre o ex-governador Geraldo Alckmin e o secretário estadual da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, pela indicação do partido à sucessão no Palácio dos Bandeirantes. Caso nenhum dos dois tucanos deseje a vaga, ela deve ser ofertada ao DEM, mais especificamente ao secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos.

Antes de deixar o PSDB, Woo disse ter conversado sobre as chances de ser lançado pelos tucanos ao Senado com o governador José Serra (PSDB-SP), com o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, e com o presidente estadual da legenda em São Paulo, deputado Mendes Thame.

Todos excluíram a possibilidade de o parlamentar ser aclamado candidato pela sigla. Diante da recusa, o deputado anunciou que deixaria a legenda. “Fiquei surpreso com a atitude do PSDB. Eles têm todo o direito de brigar pelo cargo, mas já sabiam sobre a minha eventual troca.”

O parlamentar ressaltou ainda que não migrou para um partido que está do lado oposto ao PSDB no espectro político. O PPS faz parte do grupo que faz oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O PPS apoia a candidatura tucana à presidência da República. Se eu troquei de time, continuei jogando na Seleção Brasileira.”

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