Depois de tornar-se celebridade nacional pelo desempenho modesto em dois debates na TV e deixar transparecer que desconhecia até os termos réplica e tréplica, Weslian Roriz (PSC) está passando por treinamento intensivo de media training. O primeiro resultado foi abandonar o teleprompter que a deixava engessada nos programas eleitorais. Os novos comerciais exibem uma Weslian mais espontânea e desenvolta, conversando “informalmente” com o telespectador.
O intensivão é comandado pelo novo marqueteiro da campanha, Dimas Thomas, que antes de 3 de outubro moldava o discurso anti-PT e anti-Roriz do candidato Toninho do PSOL. Nas propagandas que foram ao ar nos últimos dias, Weslian adota a mesma estratégia usada pelo marido na pré-campanha, quando protagonizava inserções na TV se dizendo “indignado” com o escândalo do “mensalão do DEM”. Já na campanha, Roriz chegou a admitir que o esquema de corrupção que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda pode ter começado em seu governo.
Enquanto as manhãs são dedicadas às gravações, as tardes são preenchidas por comícios e carreatas. A estratégia da campanha no segundo turno é sustentada por dois pilares: propaganda na TV e corpo a corpo. Apesar do treinamento intensivo, o eleitor ainda não tem como saber se o desempenho de Weslian pode ter melhorado nos debates.
Alçada a assunto mais comentado do Twitter após gafes como a frase “vou defender toda aquela corrupção”, Weslian faltou aos dois primeiros confrontos na TV contra o adversário Agnelo Queiroz (PT) e também deve se ausentar do debate previsto para esta manhã na rádio CBN.
“Gostaria que ela fosse, mas quem assiste a debate às 22 horas? Trabalhador, que é o grande voto do Roriz, já tá dormindo para acordar cedo”, avalia o vice de Weslian, Jofran Frejat (PR). Sobre os equívocos cometidos pela ex-primeira dama do DF, Frejat questiona: “Quem é que de vez em quando não tem ato falho?”