Foto: Arquivo/O Estado |
Lula com seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso: comparações do começo ao último ano do governo do petista. continua após a publicidade |
O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Jaques Wagner, disse ontem que o cenário da pesquisa de intenção de votos divulgada anteontem pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), encomendada pela Revista IstoÉ, em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparece com um desempenho pífio como eventual candidato do PSDB a presidente quando contraposto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permite fazer uma comparação do que foi, para a opinião pública, o governo do ex-presidente e o que é o do presidente.
Brasília – Embora tenha afirmado que o levantamento quantitativo muito antes da eleição é uma informação que deve ser considerada apenas como uma tendência, pois os eleitores, geralmente, tomam as decisões em quem votar apenas 45 dias antes da eleição, Wagner comemorou a recuperação da popularidade de Lula na sondagem: "Como fotografia de momento, é uma ótima notícia."
O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República não quis, entretanto, comentar o resultado de enquete em que partidários do PSDB manifestam a preferência pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e não pelo prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB).
Sobre a sucessão do ministro Carlos Velloso, aposentado, ontem, do Supremo Tribunal Federal (STF), por limite de idade, Wagner lembrou que Lula se reuniu com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para tratar do assunto, mas afirmou não acreditar que tenha havido definição sobre o nome a ser indicado como sucessor dele.
Sobre o bate-boca ocorrido anteontem no plenário do Senado entre o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que responsabilizou o PT pelo assassinato do prefeito de Santo André no Grande ABC (SP), Celso Daniel, e o pré-candidato a governador de São Paulo Aloizio Mercadante (PT-SP), que o contestou, Wagner disse que a acusação do pefelista foi "leviana e imprópria" e ironizou: "Talvez o senador já tivesse conhecimento do resultado da pesquisa (que mostrou a recuperação de Lula)."
O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência disse ainda que está quase fechado um acordo entre o governo e as centrais sindicais em torno do reajuste do salário mínimo dos atuais 300 reais para R$ 350, mas que ainda precisa ser definida a data, se será antecipado, como querem as centrais.
Quanto à correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), Wagner lembrou que a administração federal trabalha com 7%, 8%, mas afirmou que é necessário um estudo aprofundado porque um reajuste da tabela afeta o Orçamento da União. As centrais reivindicam correção de 10%.