Um princípio de desagregação na bancada de sustentação ao governo provocou a convocação de uma reunião entre os deputados estaduais aliados e o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), para tentar entrar em um acordo sobre as posições nas votações. Romanelli disse que o governo não tem ampla maioria em plenário e que a posição de um único deputado pode fazer a diferença na hora da votação. Logo, os aliados do Palácio Iguaçu têm que votar unidos e devem ser mais assíduos às sessões, observou o líder.
O voto favorável do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB) a um requerimento apresentado pela oposição na sessão de terça-feira, 10, foi apontado como exemplo do descompasso da base aliada. ?Conversamos e o Cheida mudou de posição. Ele vai continuar votando conosco. São coisas pontuais. A relação política é como uma relação conjugal. Todo o dia tem que conquistar o apoio das pessoas?, comparou o líder do governo.
Com pouco mais de trinta deputados na bancada de sustentação, o governo não dispõe de margem de manobra para se permitir deserções. O líder do governo chegou a sugerir a aplicação do estatuto do partido para os que transgredirem as orientações da bancada. ?Nós temos uma base apertada. Temos dois ou três deputados que estão doentes. Uns três que sempre faltam. Já a oposição está firme e não falta?, comentou Romanelli.
Um dos acordos feitos ontem é que está proibido surpreender a liderança do governo com posições contrárias às recomendadas durante as votações. Quem não quiser votar com o governo tem a opção de se abster ou pelo menos avisar antes que não estará em plenário.
