Votação do projeto do pré-sal em comissão especial é adiada

Foi adiada mais uma vez, na comissão especial da Câmara, a votação do projeto de lei que retira a obrigação legal de a Petrobras liderar todos os investimentos no pré-sal. Desde o início da sessão, deputados do PT e do PSOL apelaram a medidas protelatórias para obstruir a apreciação da proposta. Com o início da ordem do dia no Plenário da Casa, os trabalhos na comissão foram suspensos.

O presidente da comissão especial, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), disse, porém, que a sessão será retomada assim que for encerrada a ordem do dia. Na terça, 5, com o impasse político entre o governo e o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), a reunião da comissão foi cancelada.

O Palácio do Planalto tem pressa na análise do projeto, de autoria do atual ministro de Relações Exteriores, José Serra. A proposta do tucano elimina a obrigação da Petrobras de atuar em todos os consórcios do pré-sal com pelo menos 30% do investimento e de ser a operadora única em todas as áreas.

Pelo projeto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão de assessoramento da Presidência da República e presidido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), vai oferecer à companhia o direito de preferência para ser operadora dos blocos a serem contratados sob o regime de partilha. Se exercer esse direito, a Petrobras terá que ter participação mínima de 30%. Mesmo que não queira ser operadora do bloco, a empresa poderá participar de todas as licitações.

Na comissão especial, a proposta não sofreu nenhuma alteração em relação ao projeto de lei original. Depois que passar pela comissão especial, o texto segue para o Plenário da Câmara e precisa de maioria simples para ser aprovado. Se não receber emendas parlamentares, segue para sanção presidencial. Caso contrário, volta para apreciação do Senado.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna