Após votar o texto-base do projeto de lei sobre a desoneração da folha de pagamentos até por volta de 1 hora da manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não conseguirá retomar a discussão da matéria no horário anunciado para esta manhã, que seria às 9 horas. Até por volta das 9h30, só 13 parlamentares registraram presença no Plenário da Casa.
Para esta quinta-feira, 25, está prevista a votação de 26 destaques ao texto. A sessão de ontem à noite foi marcada por obstrução da oposição, que reclamou que o relatório final do projeto, do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), foi produzido de última hora e os parlamentares não tiveram tempo de analisar o texto. Além da obstrução da oposição, a sessão foi marcada por discussões em plenário e provocações. O líder da minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), ironizou o último discurso da presidente Dilma Rousseff enaltecendo a mandioca. A provocação trouxe discussão no Plenário e deputados chegaram a se exaltar durante a sessão.
Antes de retomar nesta manhã a votação do projeto, último item do pacote de ajuste fiscal, líderes da base governista se reunirão a partir das 10 horas para discutir a estratégia em torno da apreciação dos destaques. Os governistas deixaram a sessão de ontem preocupados com os reflexos da derrota na Medida Provisória 672 na votação do ajuste fiscal. Ontem, os deputados aprovaram emenda a essa MP que vincula o reajuste do salário mínimo aos beneficiários da Previdência.