“Estou contando com isso (dinheiro). O que move a gente a trabalhar, é isso”, respondeu o pedreiro Hélio Castro, responsável pelo comitê “voluntário” do presidenciável Eduardo Campos (PSB), ao ser questionado, nesta segunda-feira, 28, ao sair do serviço, se receberia ajuda financeira para fazer campanha na capital mineira. Ao lado da esposa Cicléia, dona de casa, Castro é o proprietário do imóvel onde foi instalada a “Casa de Eduardo e Marina”, no bairro do Taquaril, na periferia da cidade.

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Defensora do “engajamento político”, a ex-senadora Marina Silva, vice na chapa de Campos, propaga a ideia de que as chamadas casas de “Eduardo e Marina” funcionarão, ao longo da campanha, de forma voluntária e com a participação de pessoas que “compartilhem” das suas ideias e das de Campos. “Ué, mas não dá para ficar por conta sem receber. Além do mais, (dinheiro) isso faz a gente trabalhar com mais alegria”, ressaltou Castro, descartando a possibilidade de fazer campanha de graça.

O pedreiro, que tem um filho de 23 anos e uma filha de 16, disse que combinou com os dirigentes do partido que o filho Lucas “ficará por conta” da campanha, mas não quis falar de valores. Castro, inclusive, disse que Lucas fará a campanha de carro, “para facilitar”. “Mas isso tem o custo da gasolina, da alimentação. Fora que meu filho ficará à disposição”, garantiu o pedreiro.

Marina Silva inaugurou o comitê, em Belo Horizonte, no último dia 22. Até agora, segundo Castro, nenhum material de campanha foi enviado para a sua casa no bairro do Taquaril, na região Leste. Ele aguarda os materiais e a ajuda financeira para iniciar o trabalho. Porém, nem na sede do PSB em Minas ninguém sabe informar quando os materiais vão chegar. No partido, a desinformação sobre o funcionamento da “Casa Maria e Campos” é grande. Ninguém quis falar sobre o modo de como os comitês vão funcionar e nem sobre possíveis remunerações.

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