Apesar de o historiador não responsabilizar a empresa por sua contratação, Stangl chegou a receber uma sugestão da multinacional para contratar um advogado quando ele foi detido em São Paulo em 28 de fevereiro de 1967. Isso ocorreu depois que

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Simon Wiesenthal, um reconhecido “caçador de nazistas”, o denunciou às autoridades brasileiras.

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O ex-comandante nazista acabou sendo extraditado para a Alemanha e, três anos depois, o Tribunal de Düsseldorf o condenou à prisão perpétua pelo assassinato de 400 mil pessoas. Em junho de 1971, porém, ele morreu, vítima de um enfarte.

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A imprensa alemã, nesta semana, revelou ainda como o então chefe da Volkswagen do Brasil, Friedrich Wilhelm Schultz-Wenk, também havia enviado uma carta para a sede da empresa na Alemanha, depois da prisão do ex-oficiais da SS, para confirmar que não sabia do passado de Stangl. Schultz-Wenk, porém, havia sido membro do partido nazista em sua juventude.

Em uma entrevista ao Estado em maio de 2013, o delegado José Paulo Bonchristiano, do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Dops-SP), apontou que a prisão havia sido realizada sob seu comando. “O pessoal diz que o Dops só prendia comunista. Nós prendemos o carrasco nazista Franz Paul Stangl”, disse. “Eu que fiz a prisão dele, o carrasco nazista. Levei para Bonn, na Alemanha”, completou.