O clima começou tenso no debate da TV Globo no Rio de Janeiro, já na primeira pergunta, de Jandira Feghali (PC do B) para Pedro Paulo (PMDB). Parte da plateia, em especial a claque do candidato do PRB, Marcelo Crivella, vaiou Jandira quando a candidata disse que a TV Globo apoiou o “golpe” contra Dilma, enquanto a torcida do candidato do PMDB reagiu quando Jandira o chamou de “agressor de mulher”. “Tchau querida”, gritou uma participante da claque de Pedro Paulo para a candidata do PC do B.

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Jandira fez referência à acusação de agressão feita contra Pedro Paulo pela ex-mulher do candidato, Alexandra Marcondes, em 2010. Processo de lesão corporal aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) foi arquivado a pedido da Procuradoria Geral da República. Alexandra disse que Pedro Paulo se defendeu de ataques dela própria e que fez um falso comunicado à polícia.

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A animosidade continuou no confronto entre Crivella e Pedro Paulo. Quando o peemedebista atacou Anthony Garotinho, do PR, citando condenações de ex-auxiliares do ex-governador do Rio, a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha de Garotinho, reagiu. “Você é o próximo a ser preso”, gritou da plateia. O PR de Garotinho e Clarissa faz parte da coligação que apoia Crivella. O candidato do PRB, no entanto, não faz menção ao ex-governador na campanha. Quando questionado, diz sempre que Garotinho queria apoiar o candidato do PSD, Indio da Costa, mas que Clarissa insistiu no apoio a Crivella.

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O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) perdeu a paciência com convidados que insistiam em fazer comentários em voz alta durante o primeiro bloco. “Cala a boca aí”, gritou Chico, apoiado por outros militantes do PSOL e aliados de Freixo, como o ator Wagner Moura. “Cadê a Janira?”, respondeu uma voz feminina, citando a ex-deputada estadual Janira Rocha, expulsa do PSOL, acusada de se apropriar de parte do pagamento de funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio.

A provocação de Crivella ao candidato do PSC, Flávio Bolsonaro, chamado de “Jair” pelo senador do PRB, descontraiu o ambiente tenso. Até o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pai de Flávio, riu da “confusão”. (Luciana Nunes Leal)