Ao comentar a eleição de Fernando Lugo como presidente do Paraguai, a líder do Bloco de Apoio ao Governo no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), disse tratar-se de uma "vitalização da democracia, uma redemocratização efetiva". A senadora observou que a vitória de Lugo encerra seis décadas de "domínio exclusivo" do chamado Partido Colorado (Associação Nacional Republicana – ANR) no poder político. Além de saudar o presidente eleito, Ideli parabenizou o povo paraguaio pela escolha.

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Na ocasião, a senadora também destacou declaração do presidente eleito sinalizando para o início de um período em que o Paraguai passará a ser reconhecido pelas qualidades de seu povo e por seu potencial como país, e não mais pela corrupção. Em seguida, Ideli abordou recentes notícias dando conta de que o novo presidente paraguaio deseja rever o tratado entre Brasil e Paraguai referente à hidrelétrica binacional de Itaipu.

Na avaliação dela, o Tratado de Itaipu (abril de 1973) assegura benefícios para ambos os países, com divisão de responsabilidades e aporte de recursos. Assim, a rediscussão do tratado poderá significar a inviabilidade futura do empreendimento, conforme ponderou. A senadora garantiu que o governo Luiz Inácio Lula da Silva já concedeu benefícios ao Paraguai com o barateamento do custo da energia.

A parlamentar também assinalou a "situação inusitada" vivida na Colômbia onde, segundo ela, mais de 30 parlamentares e ex-parlamentares estão presos ou foram acusados de ligação com o crime organizado, corrupção, narcotráfico ou milícias paramilitares. Essa situação, avaliou Ideli, pode estar contribuindo para o insucesso das negociações para libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc  ) desde 2002.

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Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) elogiou o discurso da colega e classificou a eleição de Lugo como uma "vitória da democracia, do Paraguai e de toda a América Latina".